COMO FAZER COMPRAS SEGURAS NA BLACK FRIDAY
A data mais esperada do ano pelos consumidores está se aproximando e, com ela, a necessidade de cautela. Para evitar armadilhas, garantir ofertas reais e boas compras é preciso tomar alguns cuidados
Marcada para 29 de novembro, a Black Friday de 2024 está chegando. Com o método de pagamento definido e a lista de itens em mãos, o consumidor deve tomar alguns cuidados. Por trás de ofertas irresistíveis há armadilhas à espreita, como preços inflacionados e fraudes. Para garantir sucesso nas compras, especialistas recomendam pesquisar antes de clicar, definir um orçamento e verificar a reputação das lojas.
A fiscalização de publicidade durante essa data é realizada principalmente pelo Procon, que monitora ofertas e preços para garantir a conformidade com o Código de Defesa do Consumidor.
É permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e on-line. Essa variação é justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor. O Código de Defesa do Consumidor não proíbe essa prática, desde que não haja preços abusivos eque o consumidor seja informado adequadamente sobre as condições de compra.
Com a popularização das compras pela internet, é fundamental que os consumidores adotem cuidados semelhantes aos de uma compra tradicional. "Um dos principais riscos associados a esse tipo de transação é o adiantamento do pagamento sem a garantia de que o produto será entregue conforme esperado. Para evitar surpresas desagradáveis, algumas práticas podem ser seguidas", aconselha Leonardo Fragola, especialista em crimes cibernéticos.
Na pandemia, Lara Souza sofreu uma invasão em casa e perdeu seu notebook que, além de servir como ferramenta de trabalho, era útil para sua esposa. "Pesquisamos sobre o produto durante quatro meses, e ele variou de R$ 6 mil a R$ 7 mil, mas, na última semana de novembro conseguimos por R$ 4 mil. Desde então, sempre fazemos esse planejamento para os itens que estamos precisando no momento", declara. A forma de pagamento escolhida foi cartão de crédito, e dividiu em 10 vezes.
O especialista, Leonardo, ressalta que utilizar cartão de crédito é uma das melhores maneiras de proteger o investimento ou outro serviço de pagamento que atue como intermediário entre você e a loja. Plataformas oferecem uma camada extra de segurança, pois, em caso de não recebimento da mercadoria, ou se ela não estiver conforme o que foi comprado, o reembolso é feito pelo sistema de intermediação, e não diretamente pela loja.
Optar por lojas virtuais nas quais já foram realizadas compras anteriormente também pode aumentar a segurança da transação. "Caso seja considerada uma loja virtual, é essencial verificar a reputação do lojista. Analisando o tempo em que o vendedor está na plataforma e observando as avaliações e reclamações de vendas anteriores. Quanto mais antiga e bem avaliada for a conta do lojista, maior será a segurança da compra", continua.
A plataforma "Reclame Aqui" também desempenha um papel crucial na fiscalização de sites e lojas on-line, oferecendo uma forma de interação entre consumidores e empresas. Os usuários podem pesquisar a reputação de uma empresa, ler reclamações e verificar como essas questões foram resolvidas. A transparência ajuda o consumidor a tomar decisões antes de realizar as compras.
Por último, é importante sempre verificar se o site exibe informações completas sobre a empresa, como nome, CNPJ ou CPF do vendedor, endereço físico e eletrônico. Esses dados são cruciais para garantir que o cliente possa entrar em contato caso haja algum problema. Para mais segurança, pode-se consultar a situação cadastral da empresa na ReceitaFederal por meio do site oficial.
(Fonte: Correio Braziliense (editada)/Foto:Freepik)
Comments