UMA EM CADA CINCO MICROS E PEQUENAS INDÚSTRIAS ESTÁ ENDIVIDADA
Uma em cada cinco micro e pequenas indústrias possuem dívidas com bancos ou instituições financeiras. As pequenas empresas são as mais afetadas, com 36% das MPI’s com dívidas, além de dívidas envolvendo impostos e tributos em atraso, chegando a 22%.
O Estado de São Paulo se destaca pelo número de dívidas, com bancos ou instituições financeiras, chegando a 21%, assim como de impostos, tributos ou taxas atrasadas. Os dados são da "14ª Pesquisa Indicador Nacional de Atividade da Micro e Pequena Indústria" do SIMPI/Datafolha" de junho/julho.
Ainda assim, em relação ao desempenho de fornecedores e clientes empresariais, o número de empresas fechando ou entrando em recuperação judicial caiu drasticamente em relação ao último bimestre.
Para fornecedores, o número teve uma queda de 10 pontos percentuais, e alcançou um dos menores índices da pesquisa, 9%. Quando o assunto é clientes empresariais, o valor caiu de 22% para 14%.
No estado de São Paulo, o número de fornecedores que entrou em falência chegou a 10%, perdendo para o número de clientes empresariais, que chegou a 13%.
No país, o cenário da micro e pequena indústria ainda é bastante pessimista. Ainda que o valor tenha sofrido um declínio, são 44% contra 16%, apenas, que avaliam a situação em cenário otimista.
Para o Estado de São Paulo, as expectativas seguem pessimistas: cerca de 53% das MPI’s avaliam a situação como péssima, contra 9% como boa. A região só perde para a cidade de São Paulo, com 58%.
O número de empresas que acreditam que o poder de compra deve diminuir caiu de 51% no bimestre anterior, para 44%, uma queda de 7 pontos, voltando ao mesmo patamar de janeiro/2024.
Em um cenário otimista, apenas 16% acreditam que o poder de compra deve aumentar no próximo bimestre, alta de três pontos percentuais desde a última pesquisa. Assim como o Sul, o Estado de São Paulo é o mais pessimista no momento com 50% das MPI’s.
A pesquisa realizada pelo SIMPI/Datafolha realizou 712 entrevistas entre 15 e 31 de julho de 2024.
(Fonte: Diário do Comércio/Foto: Freepik)
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