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RECEITA DO SETOR DE FRANQUIAS CRESCE 12,8% NO 2º TRIMESTRE


Puxado pelo segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar, o setor de franchising registrou um crescimento nominal na receita de 12,8% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2023. O dado faz parte da Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor, feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

De acordo com o levantamento, a receita de abril a junho aumentou de R$ 54,253 bilhões para R$ 61,205 bilhões. No semestre, o faturamento cresceu ainda mais, 15,8%, passando de R$ 105,107 bilhões para R$ 121,766 bilhões.

Os bons desempenhos do Varejo e de Serviços também favoreceram o franchising, que cresceu um pouco acima do setor varejista em geral.

Dentro das franquias, o segmento de Saúde e Beleza cresceu 21,7% no período, impulsionado por investimentos em produtos personalizados, uso de IA e aumento das vendas de produtos farmacêuticos.

O segmento de Alimentação e Food Service avançou 16,4%, puxado principalmente pela procura de experiências gastronômicas.

Casa e Construção, que cresceu 15,1%, voltou a se destacar por fatores como o aumento do crédito imobiliário, incentivando a compra de imóveis e reformas e com a ajuda de programas de financiamento mais acessíveis.

O setor de franquias continua se beneficiando da demanda aquecida por cuidados estéticos, valorização do bem-estar e do convívio social. Esse crescimento se deu em um cenário em que a economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2023, e mesmo porcentual se considerados os 12 meses encerrados em março.

 

Enchentes no Sul

 

A pesquisa da ABF apontou ainda que houve impacto pontual no setor com as enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul. Porém, os fatores que embasaram o crescimento no trimestre pesquisado, como digitalização e serviços diversificados, entre outros, prevaleceram.

A estimativa é que o impacto da tragédia no faturamento do setor no RS corresponda a, aproximadamente, um mês de faturamento da base instalada no estado.

“As redes nos relataram que o impacto mais severo se deu no mês de maio, com sinais de recuperação iniciando em junho. Além disso, até o momento, as marcas relataram que vêm conseguindo preservar as operações, o que é importante para a manutenção dos empregos e o processo de recuperação, no geral”, disse Tom Moreira Leite, presidente da ABF.

 

Empregos e Operações

 

O número de trabalhadores nas redes de franquias também cresceu no período. De acordo com a pesquisa, a mão de obra empregada pelo setor passou de 1,612 milhão para 1,674 milhão, o que representa alta de 3,85%.

Pelo segundo ano consecutivo, a ABF mensurou a força de trabalho das redes. De acordo com o estudo, a quantidade média de colaboradores das marcas (excluindo sócios), entre lojas próprias e franqueadas, se manteve em nove, assim como nos quiosques e operações móveis, com quatro colaboradores, e nas franquias digitais, com três. Já em home based, a média subiu de três para quatro.

O estudo indicou também aumento no volume de operações de franquias. A variação positiva registrada no segundo trimestre representou decréscimo de 4.273 operações de franchising no País, totalizando 193.151 operações.

 

(Fonte: Diário do Comércio/ Foto: Pexels)

 

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